No último ano, a porcentagem de downloads de malware de aplicativos em nuvem diminuiu gradualmente em relação ao seu pico há um ano, oscilando em torno de 50%, com aproximadamente metade de todos os downloads de malware por HTTP e HTTPS provenientes de aplicativos populares em nuvem e a outra metade proveniente de sites comuns. Durante todo esse tempo, o setor de saúde ficou atrás de outros setores, mas com uma diferença cada vez menor. Hoje, aproximadamente 40% de todos os downloads de malware no setor de saúde são originados de aplicativos em nuvem, em comparação com apenas cerca de 30% há um ano. O abuso de aplicativos em nuvem permite que o malware passe despercebido e escape dos controles de segurança regulares que dependem de ferramentas como listas de bloqueio de domínio ou que não inspecionam o tráfego em nuvem.

Em comparação com a média de seis outros setores no ano passado, o setor de saúde tem a menor porcentagem de downloads de malware da nuvem.

Um tema recorrente ao longo deste relatório é que o Microsoft OneDrive é o aplicativo mais popular no setor de saúde, mas sua popularidade fica atrás de outros setores. No caso da entrega de malware, isso não é diferente. O setor de saúde viu mais downloads de malware originados do OneDrive do que de qualquer outro aplicativo de nuvem, mas a uma taxa 11 pontos menor do que a de outros setores. Da mesma forma, o Microsoft SharePoint é menos popular no setor de saúde e também teve menos downloads de malware do que em outros setores. Todos os outros aplicativos entre os dez primeiros foram ligeiramente superiores no setor de saúde em comparação com outros setores.

O fato de que tanto a popularidade geral do OneDrive quanto a incidência de downloads de malware do OneDrive foram menores no setor de saúde ressalta uma relação crítica entre esses dois fenômenos. Os adversários abusam do Microsoft OneDrive porque ele é o aplicativo de armazenamento em nuvem mais popular. Enquanto isso, as pessoas que usam regularmente o Microsoft OneDrive têm maior probabilidade de clicar em links para baixar arquivos compartilhados com elas nessa plataforma. Portanto, o número de downloads de malware que o Netskope detecta e bloqueia a partir do Microsoft OneDrive é um reflexo das táticas do adversário (abusando do OneDrive para distribuir malware) e do comportamento da vítima (sua probabilidade de clicar nos links e baixar o malware).